Wildchains brilham no palco das Monumentais Festas do Enterro da Gata

Na passada quinta-feira, dia 11 de maio, o Altice Forum Braga abriu portas à banda vencedora da edição de 2022 do UMPlugged. Os Wildchains demonstraram ao público académico o porquê de terem vencido e, acima de tudo, o seu talento e diferencial.

Como é que a vossa banda surgiu?

A banda surgiu de um recuperar de um projeto já existente. Na altura, eu tinha uma banda e, enquanto ainda estava nesse projeto, todos nos cruzamos de várias formas. Contudo, a banda acabou por se separar, devido a cada um seguir caminhos diferentes. Por isso, quando quis recuperar o projeto, lembrei-me destes artistas bons que já tinha conhecido e decidi apostar com eles.

Qual foi a sensação quando venceram o UMPlugged?

É daquelas coisas em que, estás na final, sabes que podes ganhar, 50% de chance. Depois quando ganhas é bom, era aquilo que querias! Mas é mau, não é mau, mas a outra banda com quem concorremos, somos amigos. Mas é surreal o reconhecimento! Ainda para mais estamos assim como ‘outsiders’, fora do círculo, por isso não estávamos à espera de ganhar.

Já aturam na Receção ao Caloiro, mas qual foi agora a sensação de atuarem no Gatódromo?

Tivemos à espera 1 ano, por isso foi fixe, surreal! No fundo, um dos objetivos para este ano. Contudo, já tínhamos atuado aqui para gravar um videoclipe.

Que mensagem é que gostariam de deixar a quem se quer lançar no mundo da música?

Genuinamente, é uma luta constante! Há muita coisa que as pessoas não veem: tempo, dinheiro, paciência… Mas o mais importante é não desistir até chegar ao objetivo e se não tiverem o gosto, não corram.

Persistência e resiliência. Há certos estilos que é mais fácil vingar. O rock está um bocadinho apagado, mas nós estamos aqui para mudar isso!

É complicado, principalmente porque a maioria começa como artistas independentes e vão se ver perante muitas dificuldades, tal como nós passamos. Rodeamo-nos de gente que nem sempre era bem-intencionada e é o que vai acontecer com toda a gente. Também já apanhamos artistas muito bons, que acabaram por se perder no caminho, mas pronto isso é normal. Depois é muito tempo. Às vezes, escolhas erradas também.

Quais são os vossos planos e projetos futuros?

Até ao final do verão, vamos ter bastantes concertos, que ainda não podemos divulgar, mas, entretanto, estamos a trabalhar para lançar o nosso primeiro EP. Já temos 3 singles lançados. Fiquem à espera de um EP ou de um álbum, algo que nos coloque no mercado da música!

O mercado da música está bastante sobrelotado. O que é que vocês acham que vos diferencia?

Nós achamos que toda a gente está a apostar em diferenciar-se muito e, portanto, a nossa ideia é apostar em voltar à base, pegar em música antiga, nas nossas referências e dar-lhe um toque atual. Isto é, pegar num som mais clássico e dar-lhe um aprimoramento mais pessoal, mantendo a origem, dado que, o que é bom, é sempre bom e irá sempre ser ouvido. Nós damo-nos todos bem, acho que o pessoal sente isso, e vê no palco, tanto que até pensam que tocamos juntos há imenso tempo e só estamos há 1 ano. Acho que isso diz muito.