Ana Malhoa estreia-se nas Monumentais Festas do Enterro da Gata

No passado dia 8 de maio, segunda-feira, Ana Malhoa atuou, pela primeira vez, no palco das Monumentais Festas do Enterro Gata. Acompanhada pelas vozes de todos os estudantes que assistiam à sua performance, a artista teve ainda oportunidade de conhecer alguns dos seus fãs no UMEncontro, experiência que esta descreve como sendo um momento bonito e prazeroso.

As expetativas para esta noite foram superadas?

Superaram! Superaram as expetativas, até porque é a primeira vez que estou aqui no Enterro da Gata. Então, não sabia mesmo… Sei o quanto o público do Norte vale em concertos e o quanto recebe bem os artistas, mas não sabia efetivamente qual era o ambiente. Já me tinham falado que era incrível, mas superou pelo facto de entrar em palco e, isso eu disse lá em cima, que sentia a felicidade das pessoas no olhar, no brilho do olhar e no sorriso que estavam a transmitir e pela vibe que estavam a ter. Isso transformou tudo em palco. Isso também, por vezes, nós próprios sentimos que ainda conseguimos dar mais por causa do apoio do público e isso aconteceu.

Sentes que existe uma diferença entre o público “geral” e o público universitário?

É assim, o público académico já pela sua juventude acaba por ser um público muito de festa, vem para viver o momento e eu acho que é assim que se deve vir, é com esse espírito que se deve vir para os concertos. O que mais me deixou mesmo orgulhosa foi o respeito e a forma como receberam porque, independentemente do género musical, estiveram ali a vibrar, a cantar, a dançar… Sabiam as músicas todas! E isso deixa-me super orgulhosa de ver essa evolução por parte do público e do público jovem. Quer dizer que o nosso futuro musical, a música portuguesa tem cada vez mais aceitação e por isso só tenho mesmo a agradecer a todos.

As tuas músicas atravessam gerações. Qual é o sentimento em veres desde avós a netos a cantarem as tuas canções?

É bom, é incrível! É um reconhecimento do teu trabalho, de 38 anos de carreira. É sempre bom que as pessoas, nem que seja só uma música, possam partilhar com os seus filhos ou com os seus netos. Para mim, é um motivo de orgulho, claro que sim.

Esta tarde foi marcada pelo UMEncontro em que idosos tiveram a oportunidade de te conhecer e assistir ao teu ensaio. Como é que te sentes ao poderes proporcionar esses tipos de experiências?

Acho incrível, porque não conseguiram ver o espetáculo, como é óbvio, mas a felicidade deles e a simplicidade com que estavam a viver aquele momento… Foi a experiência de puderem presenciar uma coisa que eles estavam a partilhar comigo. Eles só veem na televisão, o artista, os músicos ou uma reportagem sobre um concerto. E estar aqui, a presenciar como é estar nos bastidores foi uma experiência muito engraçada. E depois claro que com a experiência e vivência que têm, partilharam coisas engraçadas comigo. Foi ali um momento muito bonito e prazeroso para mim, poder partilhar aquele bocadinho com todos eles.

Gostavas de deixar uma mensagem aos nossos estudantes?

Sejam felizes, divirtam-se muito! Principalmente queria agradecer a forma como receberam a mim e a toda a minha equipa e que consigam realmente alcançar, focados nos objetivos, no caminho da vida. Se hoje não conseguirmos, vamos lutar para que amanhã possamos conseguir e não desmotivar, estar motivados! E vamos tentar, todos os dias, para que aquelas coisas que sonhamos possam ser alcançadas.